2025: como conectar marcas e pessoas?
O novo comportamento do consumidor e o papel do branding
A Teoria do Caos observa a sensibilidade de uma situação inicial e sua consequente instabilidade, com repercussões previsíveis — até certo ponto. Daí vem o exemplo famoso: “o bater das asas de uma borboleta, em um extremo do globo terrestre, pode provocar uma tormenta no outro extremo”.
Foi algo semelhante ao que vivenciamos com a ascensão da internet e, mais recentemente, com as transformações impulsionadas pela Inteligência Artificial e pela Web 3.0. Essas inovações continuam a redefinir o comportamento do consumidor, empoderando-o com cada vez mais informação e capacidade de escolha.
Essas “asas da borboleta”, que começaram a bater na virada do século 20, moldaram não apenas como consumimos, mas também como as marcas se posicionam. Vamos explorar esse novo cenário e entender como ele pode inspirar soluções para o seu negócio.
Um novo perfil e comportamento do consumidor
O consumidor atual constrói uma relação multidimensional com suas marcas favoritas. Essa interação inclui aspectos emocionais, racionais e agora também digitais.
Algumas das principais características que definem esse comportamento são:
Busca por personalização
A busca pela exclusividade em meio a um mar de opções genéricas pode levar marcas a outro patamar. Cada vez mais as pessoas esperam soluções adaptadas às suas necessidades individuais, desde produtos físicos até soluções geradas por I.A.;
Conexão multicanal
Seja através de redes sociais, e-commerce ou experiências imersivas no ponto-de-venda, marcas precisam ser consistente em todas as interações. Isso ajudará a construir e reforçar valores que se tornarão, em algum momento, o motivador da tomada de decisão;
Consumo consciente
Sustentabilidade e impacto social ganham cada vez mais espaço e pessoas querem se relacionar - e investir - em marcas que tenham preocupação com a saúde de toda a cadeia de produção. Desde melhores condições de trabalho, passando pelas embalagens recicláveis, o uso de materiais que agridem menos ao ambiente e produtos mais saudáveis, marcas têm oportunidades de mostrar valor em cada etapa do processo;
Valorização da experiência
Produtos são importantes, mas interações que geram conexão emocional são fundamentais. Em tempos de excesso de informação, especialmente através das redes sociais, pensar a jornada do cliente e como encantar ele em cada etapa do processo, reforçando os valores da marca, pode ser vital para o sucesso da sua empresa no longo prazo.
As empresas devem estar atentas a esses comportamentos para criar estratégias de marca relevantes e lucrativas.
Se o comportamento das pessoas mudou radicalmente, cabe às marcas evoluir com ele. Branding não é apenas sobre design ou comunicação, mas sobre a gestão da percepção de valor ao longo de toda a jornada do cliente.
Case inspirador: Patagonia
A Patagonia trabalho de branding incrível, alinhando os valores da marca às causas em pauta atualmente. Ao adotar uma postura ambientalmente responsável e incentivar a compra consciente, a marca construiu uma conexão emocional e autêntica com seu público. Campanhas como "Don’t Buy This Jacket" (“não compre essa jaqueta”, em tradução literal), que incentivam o consumo responsável em vez do impulso, reforçam seus valores e fidelizam seus clientes.
Para alinhar sua marca às pessoas, concentre-se nestes pilares:
Definição do propósito: o que sua marca representa, no que ela acredita e como isso impacta a vida das pessoas?
Posicionamento claro: não procure ser melhor, procure ser diferente e deixar isso claro;
Proposta de valor relevante: o que você entrega é significativo e tem latência?
2025: um alicerce de conexão
Hoje, mais do que nunca, o branding transcende a simples venda de produtos ou serviços. Ele é o elo que conecta marcas a consumidores em uma relação baseada em confiança, autenticidade e relevância. Além disso, é fundamental que a comunicação da marca seja transparente e alinhada aos valores compartilhados com seu público.
O desafio para as marcas em 2025 é aproveitar o "caos" tecnológico e comportamental como uma oportunidade para criar experiências significativas e duradouras.
Afinal, como já dizia Darwin, os que sobrevivem são os que se adaptam.
Nos vemos em breve! 😉
Felipe Gondin