Impenetrabilidade de mercado: como o posicionamento supera a resistência
Vi esse assunto hoje pela manhã num post do querido Jaime Troiano e achei interessante dar eco à provocação.
Você já ouviu falar do princípio físico da impenetrabilidade? Ele afirma que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Na física, isso é uma verdade absoluta. Nos negócios, embora não seja impossível desafiar essa lógica, a dificuldade é quase tão grande quanto.
Em um mercado saturado, onde produtos e serviços competem ferozmente por atenção e preferência, tentar "roubar" espaço dos concorrentes pode parecer uma tarefa hercúlea. Afinal, funcionalidade similar, preços competitivos e fortes estratégias de marketing já definem um cenário onde o espaço disponível é limitado. Neste contexto, cada conquista de mercado exige um esforço monumental.
É aqui que o posicionamento de marca entra em jogo como um diferencial decisivo. O posicionamento, mais do que qualquer outro fator, define claramente o lugar que uma marca ocupa na mente do consumidor. Quando bem executado, ele cria uma proposta única de valor, permitindo que os clientes enxerguem claramente por que vale a pena mudar.
Portanto, não basta apenas tentar competir diretamente nos mesmos atributos que já são ocupados por outros. Isso seria como tentar colocar dois corpos exatamente no mesmo espaço—uma tarefa impossível sem uma força diferenciadora. Ao invés disso, é essencial descobrir o que torna sua oferta diferente e destacá-la claramente para o consumidor.
Uma estratégia eficaz de posicionamento pode não apenas contornar a impenetrabilidade do mercado, mas criar um espaço completamente novo na mente dos consumidores. É sobre entender profundamente o que você entrega, o que seu público realmente valoriza, e onde há oportunidades para se destacar da concorrência.
Não se trata de empurrar seu produto onde já não há espaço, mas de criar um novo lugar onde sua marca possa prosperar. É sobre transformar a impenetrabilidade em uma oportunidade de posicionamento estratégico. E aí sim, você deixa de tentar desafiar uma lei física impossível e começa a criar um mercado próprio.