A gestão de marca, especialmente em empresas de tecnologia, indústria e similares, é um pouco mais complicada do que já seria normalmente.
Para contextualizar, vamos conceituar o que é branding.
Branding é todo ponto de contato da sua marca que gera uma experiência na mente do seu cliente ou possível consumidor.
Um excelente atendimento, para utilizar um exemplo simples, gera experiência e faz com que sua empresa seja lembrada de forma positiva por isso.
Nessa experiência, é feita uma promessa.
Toda vez que esse contato se repetir, é esperado que a primeira boa impressão se repita. Quando isso acontece, se desenvolve o que chamamos de relacionamento.
Você promete, cumpre e ganha o direito de prometer novamente: seja o mesmo produto, seja uma versão melhor deste ou mesmo de um outro produto da sua empresa.
Uma das marcas mais importantes do mundo, a Disney, exemplifica essa relação como poucas outras.
Você pode não se sentir tentado a assistir um desenho aleatório, mas com certeza ficará um pouco mais quando souber que este mesmo desenho é assinado pelos estúdios fundados por Walt Disney.
Curiosidade: em 2024, a Disney perdeu os direitos do primeiro Mickey Mouse, que entrou para domínio público. Mas… alguém desassocia criador e criatura??
Como seu propósito, Disney prometeu fazer as pessoas felizes.
Prometeu e cumpriu. O resto da história todos nós conhecemos.
Conhecer e explorar esses pontos de contato com o objetivo de gerar as experiências certas e, mais ainda, as promessas corretas, não é dom: é uma ciência.
Grandes empresas investem milhões e milhões em estudos de tendência, neuromarketing, pesquisas de comportamento de consumo, e muito mais, segmentando cada vez mais seus públicos de acordos com seus interesses com o objetivo de posicionar corretamente a sua marca.
Voltando ao exemplo prático, nós sabemos o quão difícil é investir em tecnologia, pessoal, estrutura e, ainda, se preocupar com esse negócio de marca. Afinal, não era "só uma logo"? "Cadê meu sobrinho??"
Mais importante do que um nome, uma marca gráfica interessante e um feed que impressione, você deve saber o que você é e o que você não é.
Isso parece relativamente simples, mas acredite: uma das maiores dificuldades do empreendedor, especialmente em tempos de crise, é dizer não às tentações e focar no que realmente é bom, no que realmente interessa e onde ele, de fato, fará a diferença.
Para isso, a empresa não precisa ter um brandbook criado pelas melhores agências de branding do país. Como dito, basta ter claro o seu porquê.
Simon Sinek, em seu famoso discurso no TED (clique aqui para assistir), fala sobre o Golden Circle: por quê, como e o quê. Saiba, em primeiro lugar, o porquê da sua empresa existir, do seu negócio e qual dor você quer sanar.
Se a sua empresa morresse amanhã, que falta ela faria?
A partir daí, ficará muito mais fácil entender como você pretende fazer isso (qual seu diferencial competitivo, valores, ...) e como você fará isso, que é o seu serviço ou produto de fato. A tarefa obedece ao propósito e não o contrário.
Respeitar a essência do seu negócio é fundamental para tomada de decisão estratégica e assertiva. Se a ideia respeita o seu DNA, é muito provável que seja algo, pelo menos, a ser considerada. Se não, evita-se o desgaste já no início.
Mantenha o foco, acredite no que você tem de melhor e muito, muito trabalho duro. Sucesso!
Nos vemos em breve! 😉
Felipe Gondin